Friday, January 16, 2009

À bela (e longa) infância da vida

A bela infância. Dá saudade, mesmo que a gente não lembre de tudo. Passear no parque, brincar (ao menos tentar brincar) com o gato, desmontar o brinquedo, não se preocupar com nada. Tranquilamente abrir a geladeira, pegar uma bela salsisha alemã, dar duas mordidas, e guardar o naco que sobrou para mais tarde, mas no armário onde ficam as tupperwares, que está mais ao alcance das mãos naquele momento - algum dia alguém vai encontrar aquilo! [link para o álbum das fotos de final de ano, incluindo o autor dessa bela cena]

Aí passam os anos e a gente fica mais besta, avoado com coisas desimportantes como as contas, a crise financeira e as burocracias da vida. E tenta não esquecer de ser responsável, saudável, simpático e, graças a Deus, Feliz. Brasileiro sabe ser feliz. Só precisamos entender que podemos fazer mais, tendo menos burocracias da vida e se preocupar com coisas importantes um pouco mais. Não necessariamente trabalhando mais, mas sendo mais espertos, críticos lógicos e embasados. Repetindo menos os mesmos erros.

O círculo roda e moldamos a linha da vida rodeando a nossa infância, indo e voltando, virando adultos, com obrigações e responsabilidades, enlouquecendo um pouco a cada dia, até voltarmos à inocência, à espera da volta tranquilidade do fazer o que quiser (ou pelo menos um pouco mais). Sábios os anciôes. Outro dia li um livro que dizia que que devíamos tentar trabalhar menos durante os anos "produtivos" da nossa vida também, nada mal - vamos tentar?

A minha vó [albúm do aniversário da batian e entrevista dela na tv] diz que a gente sempre deve tentar aprender nessa vida.

Se a alma não é pequena...

Abraços e um grande 2009.