Friday, January 16, 2009

À bela (e longa) infância da vida

A bela infância. Dá saudade, mesmo que a gente não lembre de tudo. Passear no parque, brincar (ao menos tentar brincar) com o gato, desmontar o brinquedo, não se preocupar com nada. Tranquilamente abrir a geladeira, pegar uma bela salsisha alemã, dar duas mordidas, e guardar o naco que sobrou para mais tarde, mas no armário onde ficam as tupperwares, que está mais ao alcance das mãos naquele momento - algum dia alguém vai encontrar aquilo! [link para o álbum das fotos de final de ano, incluindo o autor dessa bela cena]

Aí passam os anos e a gente fica mais besta, avoado com coisas desimportantes como as contas, a crise financeira e as burocracias da vida. E tenta não esquecer de ser responsável, saudável, simpático e, graças a Deus, Feliz. Brasileiro sabe ser feliz. Só precisamos entender que podemos fazer mais, tendo menos burocracias da vida e se preocupar com coisas importantes um pouco mais. Não necessariamente trabalhando mais, mas sendo mais espertos, críticos lógicos e embasados. Repetindo menos os mesmos erros.

O círculo roda e moldamos a linha da vida rodeando a nossa infância, indo e voltando, virando adultos, com obrigações e responsabilidades, enlouquecendo um pouco a cada dia, até voltarmos à inocência, à espera da volta tranquilidade do fazer o que quiser (ou pelo menos um pouco mais). Sábios os anciôes. Outro dia li um livro que dizia que que devíamos tentar trabalhar menos durante os anos "produtivos" da nossa vida também, nada mal - vamos tentar?

A minha vó [albúm do aniversário da batian e entrevista dela na tv] diz que a gente sempre deve tentar aprender nessa vida.

Se a alma não é pequena...

Abraços e um grande 2009.

Tuesday, February 12, 2008

A misteriosa Índia de Mumbai

As primeiras idéias que me vinham a cabeça sobre a Índia antes de ir a Mumbai (ex-Bombaim), eram comida apimentada, o Taj Mahal e o Delivery Center da Accenture. E foi também por causa desse último que eu fui parar por lá - eu deveria ter ido para Vancouver fazer um treinamento, mas o visto não veio a tempo e acabei indo para lá para encontrar com minha gerente que iria treinar o time do projeto que trabalha por lá.
Mas quatro dias foram muito pouco. Acho que seria preciso uma encarnação inteira para conhecer toda a riqueza e história daquele país. Porém, deu tempo de ver as bonitas construções do tempo da ocupação inglesa, o povo jogando cricket no parque, um filme de Bolliwood (a maior produtora de filmes do mundo - em volume) sendo filmado em outro e um dos impressionantes Dhobi Ghats (foto - uma enorme lavanderia pública a céu aberto, onde se lava inclusive as roupas dos hotéis) e dar uma volta pelo centro super ocupado da cidade a noite - e sozinho.
Mumbai é uma cidade de proporções estrondosas (em 2050 deve ser a maior cidade do mundo com 41 milhões da habitantes), extremamente caótica (muitos carros velhos, animais, táxi-ticiclos-motorizados, mão inglesa e disputando as esquinas na base da busina), bastante pobre (mesmo para o nosso padrão brasileiro) e mesmo assim (pásmem) segura. Não arriscaria o mesmo passeio noturno em São Paulo...
É, o povo indiano mereceria um capítulo a parte. Sua humildade e simplicidade mesmo em meio à miséria tem raízes na sua religião, predominantemente hindu onde o sistema de castas faz com a resignação seja um valor social, mas sua história recente de resistência pacífica pela independência política também deixou marcas (até na bandeira do país) e um herói de força maior chamado Mahatma Ghandi. Muitas lições a serem aprendidas. Até Mandela teve nele inspiração. Mas parece que nós brasileiros é que nos resignamos demais.

Friday, January 18, 2008

On the road


Tuesday, January 15, 2008

Lá é tudo isso mesmo

Depois de um longo período ausente e muito pé na estrada volto a reportar no diário de bordo. Muitas fotos... e boas viagens.

ps. a nova data pra volta "definitiva" é junho/08. Por bem ou por mal.

***

Stockholm é a capital da Suécia e também mesmo terra bonita de gente muito bonita. Seja lá qual for o porquê do nosso inconsciente associar o padrão alto-magro-loiro à beleza, lá isso é o comum por isso não se assuste quando chegar por lá.
A Suécia (como outros países da Escandinávia) tem um dos mais altos IDHs, ou seja, pouco falta por lá e pode-se dizer que o a rede social deles é invejável. Em compensação também é um dos países mais caros do mundo pra se morar e viver.
A viagem com os irmãos alemães (o Christian que trabalha comigo e o Mathias) foi divertidíssima com direito a quedas embriagadas no gelo de uma praça quando começou a nevar (a 1a. do ano!), city-tours mal auto guiados pelos principais pontos turísticos (o navio viking é impressionante e a "pequena Suécia", que tem um pouco de cada canto do país incluindo casas é muito legal). Baladas boas, e outras nem tanto assim, chiques e outras nem tanto assim, comida típica (almondegas com batata) e a vontade de não ir embora tão cedo.

(foto - Absolut bar)

Tuesday, November 06, 2007

A Europa muçulmana


Istanbul, antes chamada Constantinopla e antes ainda, Bizâncio é testemunha viva e clara da história de diferentes mundos. Um belo e rico livro de história a céu aberto.

As milenares mesquitas ecoam versos do Alcorão 5 vezes ao dia e dialogam entre si, em meio a monumentos da época do império romano e modernos prédios que nada devem à Europa que ali principia.
Modernos bondes trafegam no meio do trânisto caótico nas suas ruas de comércio intenso, palco da arte de assédio (não se espante se ouvir um 'bom dia' na frente de uma loja de tapetes, se vc tiver cara de madame brasileira) e barganha que corre no sangue dos turcos. Nem a conta do restaurante fica de fora... Mas nada que uma boa teimosia brasileira não faça um par de brincos baixar de 40 para 12 liras ;).

Thursday, October 11, 2007

Ein Prosit, der Germütlichkeit!


É mesmo uma barbárie a Bavária durante a Oktoberfest. Festão, bom dimais... com gosto de noch einmal!

Wednesday, October 10, 2007

Aviso aos navegantes

Todas as fotos aqui publicadas tem links para meus álbuns no Picassa. Toneladas de fotos se encontram lá. Quem quiser xeretar, clique aqui. Bon voyage! Abraços e saudades!

Busy London



De volta à terra da cerveja, reporto com algum atraso minhas peripécias pela cidade que já foi e ainda é de alguma forma a capital do mundo.

O Mau me disse uma vez que os ingleses por não terem muito terem produzido muita arte por muito tempo, mas por terem o centro econômico do mundo durante séculos, acabaram surrupiando as relíquias mais preciosas dos cantos mais diversos do planeta. É um prazer passear pelos museus (de graça!), ruas e bares londrinos, indeed.

O duro é pagar 40 pounds (uns R$ 160) para entrar na balada!

Sunday, August 12, 2007

Leuven, Brussels, Brugge & Ghent


Foi um final de semana diverido na terra do Tin Tin. Acabei com um jejum de 3 meses sem churrasco :), experimentei a melhor cerveja ever :D (chamada Hoeegarden), conheci vários brazucas legais radicados por essas bandas e ainda conheci visitei cidades lindas nesse país, que tem a população do tamanho da cidade de São Paulo, mas que abriga a sede da União Européia.

Libertade, liberdade


Amsterdam lembra a Paris do início do século passado dos livros do Julio Cortázar. Boêmia, libertina e com mais coffeshops do que as pizzarias de São Paulo. Um passeio pela região dos canais da velha Amsterdam é realmente um programa (ou uma viagem) no mínimo inusitado.
Poucas sociedades no mundo se dão ao luxo de tamanho grau de liberdade, a ponto de legalizar a venda e o consumo de drogas leves e a prostituição. Mas é obvio que isso tem um preço e a regra não teria tanto sucesso em outros lugares.
Outro dia li um artigo sobre uma pesquisa dizendo a Holanda é o país onde as mulheres se consideram as mais felizes. A igualdade no tratamento entre os sexos (nisso incluem-se todos) e a liberdade para se experimentar sem repressão eram os principais motivadores dessa felicidade segundo o estudo. Parece que a liberdade é mesmo uma característica incrustada nas sociedades dos países baixos.
E antes que perguntem, os homens por lá não são mais infelizes por terem que lavar mais louça, pois na hora de pagar as contas, o tratamento também é igual ;).